Nesta época Natalícia e, segundo os organizadores, para se cumprir a tradição, vão realizar-se um pouco por todo o país as “cantatas de reis”. Estes eventos anunciados para se realizarem em salões de festas de sociedades recreativas, pavilhões polivalentes, sedes de juntas de freguesia, ginásios das escolas, auditórios, etc. ou tão só em forma de desfile pelas ruas principais das freguesias, vilas ou cidades são, quanto a nós, mais uma a juntar a tantas outras formas de se acabar definitivamente com a verdadeira “tradição de cantar os reis”.
“Cantar os reis” tem, como qualquer outra actividade da cultura popular, um tempo, um espaço e uma função própria.
O tempo é este, em que se comemora o nascimento de Jesus e que vai desde 25 de Dezembro até 6 de Janeiro, tradicionalmente o dia de Reis. A importância deste dia conferiu-lhe, durante muitos anos, o estatuto de “dia Santo”, logo dia feriado. Em muitos países é ainda este o dia mais importante da celebração do Natal.
Nalgumas localidades o cíclo Natalício só termina a 2 de Fevereiro, dia dedicado à luz, às estrelas ou às candeias. Dia em que a liturgia Católica comemora Nossa Senhora das Candeias ou da Candelária. Tradicionalmente era também durante este período que se realizavam as matanças do porco. Assim os ranchos de Reis tanto saíam para cantar loas ao “menino Jesus” como para enaltecer os “toucinhos” de uma matança. As toadas com que o faziam eram em todo semelhantes na estrutura, embora com variantes melódicas para cada uma das funções.
Os espaços em que se movimentavam estes ranchos eram as casas dos amigos e dos familiares em visitas, quase sempre de surpresa, para provar a “mija do menino”, ou no caso das matanças, para se avaliar e comparar os predicados do “porco”. Daí que a função desta manifestação fosse essencialmente social.
E hoje? Não será possível continuar a tradição sem a desvirtuar nestes princípios? Claro que sim. É perfeitamente possível. É o que temos feito de há 15 anos a esta parte, de uma forma pioneira e que, felizmente, tem motivado o aparecimento de outros ranchos: continua a celebrar-se o Natal e a haver matanças do porco; continua a haver amigos e a realizarem-se visitas; apesar dos tempos, o homem continua a ser “animal” social. Assim a tradição, a verdadeira tradição, não está, aparentemente, em perigo de se perder. A não ser que os poderes percam por completo o juízo e teimem em continuar a “meter a foice em seara alheia”.
“Cantar os reis” tem, como qualquer outra actividade da cultura popular, um tempo, um espaço e uma função própria.
O tempo é este, em que se comemora o nascimento de Jesus e que vai desde 25 de Dezembro até 6 de Janeiro, tradicionalmente o dia de Reis. A importância deste dia conferiu-lhe, durante muitos anos, o estatuto de “dia Santo”, logo dia feriado. Em muitos países é ainda este o dia mais importante da celebração do Natal.
Nalgumas localidades o cíclo Natalício só termina a 2 de Fevereiro, dia dedicado à luz, às estrelas ou às candeias. Dia em que a liturgia Católica comemora Nossa Senhora das Candeias ou da Candelária. Tradicionalmente era também durante este período que se realizavam as matanças do porco. Assim os ranchos de Reis tanto saíam para cantar loas ao “menino Jesus” como para enaltecer os “toucinhos” de uma matança. As toadas com que o faziam eram em todo semelhantes na estrutura, embora com variantes melódicas para cada uma das funções.
Os espaços em que se movimentavam estes ranchos eram as casas dos amigos e dos familiares em visitas, quase sempre de surpresa, para provar a “mija do menino”, ou no caso das matanças, para se avaliar e comparar os predicados do “porco”. Daí que a função desta manifestação fosse essencialmente social.
E hoje? Não será possível continuar a tradição sem a desvirtuar nestes princípios? Claro que sim. É perfeitamente possível. É o que temos feito de há 15 anos a esta parte, de uma forma pioneira e que, felizmente, tem motivado o aparecimento de outros ranchos: continua a celebrar-se o Natal e a haver matanças do porco; continua a haver amigos e a realizarem-se visitas; apesar dos tempos, o homem continua a ser “animal” social. Assim a tradição, a verdadeira tradição, não está, aparentemente, em perigo de se perder. A não ser que os poderes percam por completo o juízo e teimem em continuar a “meter a foice em seara alheia”.
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