Francisco Lacerda (1869-1934), maestro das fajãs, Jorgense do mundo, teve como um dos seus ídolos um tal Francisco Ceguinho, terceirense, tocador de viola. E de tal modo o tinha em consideração que o fez seu hóspede durante uma visita que o Ceguinho efectuou a S. Jorge em altura que o genial músico se encontrava a espairecer na sua Ribeira Seca natal.
No silêncio da Ilha ouviram-se por esses dias, diz-se, as mais belas melodias alguma vez retiradas das cordas de uma viola.
Lacerda, na sua visão universal da música, tinha pelas cantigas simples do povo e pelos seus executantes uma grande paixão e um enorme respeito.
Vitorino Nemésio (1901-1978) inventor da açorianiedade, catedrático dos saberes do povo, homem de paixões exuberantes e arrebatadoras, também tinha por ídolo o popular José da Lata, bravo pastor de cantigas e de gado, “mandador de bailes”, dono de uma voz de anjo, doce e escorreita e que, embora com menos desembaraço, também “rasgava” à viola. Por ele revelava uma admiração imensa.
Nemésio e Lacerda nutriam um fascínio indisfarçável pela “viola da terra”.
Se para Lacerda a viola fosse apenas mais um veículo revelador dos seus dotes musicais, para o Professor constitui-se sempre como um obstáculo ao seu saber universal. Apesar disso nunca se inibiu de a tanger sempre com a benevolente complacência dos circunstantes, mau grado a sua frequência em 1964 na Classe de Viola do Prof. Emilio Pujol (1886-1980) do Conservatório Nacional. Lá diz o velho ditado: “cada um está p'ró que nasce”.
No silêncio da Ilha ouviram-se por esses dias, diz-se, as mais belas melodias alguma vez retiradas das cordas de uma viola.
Lacerda, na sua visão universal da música, tinha pelas cantigas simples do povo e pelos seus executantes uma grande paixão e um enorme respeito.
Vitorino Nemésio (1901-1978) inventor da açorianiedade, catedrático dos saberes do povo, homem de paixões exuberantes e arrebatadoras, também tinha por ídolo o popular José da Lata, bravo pastor de cantigas e de gado, “mandador de bailes”, dono de uma voz de anjo, doce e escorreita e que, embora com menos desembaraço, também “rasgava” à viola. Por ele revelava uma admiração imensa.
Nemésio e Lacerda nutriam um fascínio indisfarçável pela “viola da terra”.
Se para Lacerda a viola fosse apenas mais um veículo revelador dos seus dotes musicais, para o Professor constitui-se sempre como um obstáculo ao seu saber universal. Apesar disso nunca se inibiu de a tanger sempre com a benevolente complacência dos circunstantes, mau grado a sua frequência em 1964 na Classe de Viola do Prof. Emilio Pujol (1886-1980) do Conservatório Nacional. Lá diz o velho ditado: “cada um está p'ró que nasce”.
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