O que é certo é que este início de ano me tem trazido alguns dissabores. Pelo sim e pelo não, e como eu não acredito nem deixo de acreditar, fui-me benzer.
Uma benzeu-me assim:
“Criatura de Deus!
Tu não és minha,
Mas eu te quero criar.
Se tens quebranto
Ou mau olhar,
Ou arte de feitiçaria
Eu t’o quero tirar
Com um ramo verde
E água fria
Em nome de Deus
E da Virge Maria.
Nossa Senhora quando o Egipto passou
Um ramo de alecrim apanhou.
Quero que vos acheis bem,
Como o Menino de Deus se achou.
Os dois que vos teve, os dois que vos tire
As três pessoas da Santíssima Trindade,
Valha-me Deus que bem pode,
Que mal vos fez em mal se torne.
Filho de Deus!
Tua mãe te teve,
E te quer criar,
Em nome de Deus!”
Porque demais nunca é de menos, fui a outra que me benzeu desta forma:
“Minha alimarinha,
Eu te quero criar,
Se tens ar ou cobranto,
Ou mau olhar,
Ou algum acto de invejidade,
Ou algum ar
Excomungado,
Em nome de Nossa Senhora
E Santo Antão,
Te venha tirar
Co’a sua mão,
E da Virge Maria,
Se tens cobranto
Eu t’o quero tirar
Com ramo verde
E água fria.
Nossa Senhora pelo Egipto passou,
Um ramo de alecrim apanhou
Com ele curou a seu filho,
E se ache tanto bem
Como o filho da Virge se achou.”
Então veio-me à ideia aquela vez em que, tinha eu para aí uns cinco ou seis anos e uma “tosseira” dos diabos, a minha avó velhinha (como carinhosamente tratava-mos a nossa bisavó) me chamou e, deitando a minha cabeça no seu colo rezou enquanto me aspergia com água benta:
“Meu Menino Deus te deu,
Eu te quero criar,
Se tens cobranto ou mau olhar,
Coisa de invejidade
Ou espírito do outro mundo
Eu t’o quero tirar
Com as minhas santas palavras,
Em nome de Deus e da Virge Maria,
Com um ramo verde e água fria.”
Com algum tempo a tosse passou!
Uma benzeu-me assim:
“Criatura de Deus!
Tu não és minha,
Mas eu te quero criar.
Se tens quebranto
Ou mau olhar,
Ou arte de feitiçaria
Eu t’o quero tirar
Com um ramo verde
E água fria
Em nome de Deus
E da Virge Maria.
Nossa Senhora quando o Egipto passou
Um ramo de alecrim apanhou.
Quero que vos acheis bem,
Como o Menino de Deus se achou.
Os dois que vos teve, os dois que vos tire
As três pessoas da Santíssima Trindade,
Valha-me Deus que bem pode,
Que mal vos fez em mal se torne.
Filho de Deus!
Tua mãe te teve,
E te quer criar,
Em nome de Deus!”
Porque demais nunca é de menos, fui a outra que me benzeu desta forma:
“Minha alimarinha,
Eu te quero criar,
Se tens ar ou cobranto,
Ou mau olhar,
Ou algum acto de invejidade,
Ou algum ar
Excomungado,
Em nome de Nossa Senhora
E Santo Antão,
Te venha tirar
Co’a sua mão,
E da Virge Maria,
Se tens cobranto
Eu t’o quero tirar
Com ramo verde
E água fria.
Nossa Senhora pelo Egipto passou,
Um ramo de alecrim apanhou
Com ele curou a seu filho,
E se ache tanto bem
Como o filho da Virge se achou.”
Então veio-me à ideia aquela vez em que, tinha eu para aí uns cinco ou seis anos e uma “tosseira” dos diabos, a minha avó velhinha (como carinhosamente tratava-mos a nossa bisavó) me chamou e, deitando a minha cabeça no seu colo rezou enquanto me aspergia com água benta:
“Meu Menino Deus te deu,
Eu te quero criar,
Se tens cobranto ou mau olhar,
Coisa de invejidade
Ou espírito do outro mundo
Eu t’o quero tirar
Com as minhas santas palavras,
Em nome de Deus e da Virge Maria,
Com um ramo verde e água fria.”
Com algum tempo a tosse passou!
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