Desde o povoamento até ao início do sec. XIX a Ilha Terceira foi “molestada” por várias epidemias:
Em Abril de 1599 apareceu pela primeira vez, na ilha Terceira, um epidemia que foi chamada de “peste oriental”. Diz a tradição que foi “importada” da Índia de onde terá vindo numa caixa de tecidos que foi aberta numa casa da Rua da Esperança, onde hoje se encontra o Teatro Angrense.
Conta-se que o primeiro individuo que aspirou o ar contido na referida caixa caiu fulminado pela doença e que esta rapidamente alastrou por toda a ilha com excepção da freguesia da Agualva e de um lugar a norte de Santa Luzia a que vieram a chamar, por esse motivo, de Posto Santo.
A casa de onde emanou a epidemia foi mandada destruir pelo fogo tendo levado três dias a arder durante os quais o povo lançava lenha para “entreter” o incêndio.
Esta epidemia só foi considerada erradicada em Novembro de 1600, tendo feito mais de 7000 vítimas mortais.
Em 1656 apareceram pela primeira vez as bexigas que afectavam e vitimavam principalmente as crianças.
Em 1741 surgiu um surto de febres na Vila de S. Sebastião sobre as quais o ilustre médico Dr. Alfredo Sampaio, no seu livro “Memorias sobre a Ilha Terceira”, suspeita terem sido febres tifóides.
Em Fevereiro de 1794 apareceu a escarlatina que durante dois anos faz imensas vítimas.
Em 1800 volta a aparecer a varíola.
Só em 1806 chega de Lisboa um cirurgião com o fim específico de aplicar, pela primeira vez, uma vacina.
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