-
Chegara já à Treceira a notícia de que, em Janeiro desse ano de 1641, haviam reunido as cortes em Lisboa, tendo confirmado a proclamação de D. João IV como o legítimo Rei de Portugal.
O Governador do Castelo, D. Álvaro de Viveiros, prevenia-se contra uma provável sublevação da população da ilha ordenando o reforço das defesas e do abastecimento de munições e viveres na fortaleza de Angra. A instabilidade e insegurança que se fazia sentir na cidade aliada à falta de apoio da nobreza e dos governantes levou a que Francisco de Ornelas da Câmara decidisse deslocar-se para a Vila da Praia, onde se sentiria mais seguro. Convocou, para se reunirem em conselho, a Câmara, todos os capitães da sua jurisdição, o clero, a nobreza, os religiosos dos conventos da Praia, e informou-os da sua intenção. Perante a aprovação geral, preparou-se a Aclamação. Assim, no Domingo de Ramos, que nesse ano calhou a 24 de Março, à saída da missa, em pleno adro da Matriz de Santa Cruz, Francisco Ornelas da Câmara aclamou D. João IV como rei de Portugal, jurando-lhe obediência. O povo juntou-se, e de imediato saiu uma procissão composta por todo o clero secular e regular, que percorreu toda a vila a dar vivas e aclamações ao novo rei.
1 comentário:
fui revisitar o post deste blogue, de quinta-feira 20 de Março de 2008, "A ermida do Espírito Santo em Angra".
muito interessante :)
beijinhos
Enviar um comentário